Convidamos todos para a novena mensal pela Canonização do Beato Francisco de Paula Victor, no dia 23 de março.
Programação – Na Matriz Nossa Senhora d´Ajuda
5 horas e 30 minutos | Oração do Terço e Missa |
15 horas | Missa da saúde. Participação dos enfermos e idosos. |
18 horas e 30 minutos | Missa |
No dia 23 de março, às 14 horas, no Memorial Padre Victor, teremos a honra de receber a réplica da imagem de Aparecida. Venham todos participar dessa celebração!
Contamos com sua presença.
Três Pontas (MG), em 16 de março de 2017
12 de abril
– 190 anos do nascimento do Beato Francisco de Paula Victor –
Em 12 de abril de 1827, na cidade de Campanha, Minas Gerais, nascia um menino.
Qual seria o seu futuro? Negro, filho natural de escrava. Aos olhos humanos, nada de especial. Mas, para Deus, um escolhido. Sofreu, lutou e venceu. Nunca deixou de amar.
Abaixo transcrevemos um artigo de Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, que mostra “as características do amor cristão” e a vida desse menino, o “Anjo Tutelar de Três Pontas.
“Caminhos para a unidade: a arte de amar
O amor cristão é uma arte. É preciso conhecer esta arte de amar. De fato, ela possui algumas qualidades e algumas exigências. Gostaria de propô-la, se desejarem vivê-la, para o bem de muitos e também para o seu próprio bem. O verdadeiro amor, possui essas qualidades.
Antes de tudo o amor verdadeiro exige que se ame Jesus na pessoa amada. É preciso não esquecer isso: Jesus está presente em cada pessoa que encontramos. Na grandiosa cena do juízo final, ele não disse que considera feito a si o que se faz aos outros, de bem e de mal? O seu julgamento não se repete como: “a mim o fizeste, a mim o fizeste”?
O primeiro ponto, portanto, que é necessário não esquecer que o que fazemos aos aos outros deve ser feito como se faria a Jesus, porque ele está escondido atrás de qualquer irmão nosso. Amar Jesus em cada pessoa.
O amor verdadeiro possui ainda outra qualidade: ama a todos. Não admite acepção de pessoas. Para o amor verdadeiro não existe o simpático e o antipático, o bonito e o feio, o grande e o pequeno, o compatriota e o estrangeiro. Todos devem ser amados.
Nós também temos as nossas simpatias ou antipatias, ou vemos que alguém é feio e somos levados a passar adiante. Outra pessoa é bonita e somos levados a nos aproximar. O estrangeiro não se considera, mas o da nossa pátria sim. E descobrimos que é preciso amar a todos. E amar a todos é a “ginástica espiritual” exigida de todos nós, cristãos.
O amor verdadeiro –toma a iniciativa. Significa que não espera ser amado para depois amar, mas ama primeiro. Assim como fez o Eterno Pai, que mandou Jesus para morrer por nós quando ainda éramos pecadores. Ele tomou a iniciativa de nos amar. O verdadeiro amor cristão ama primeiro. Experimentem fazer assim e verão a revolução que se desencadeia ao vosso redor vivendo um amor como esse. Portanto, atenção: amar sempre a todos, vendo Jesus neles, ser os primeiros a amar.
E ainda: o amor verdadeiro ama o outro como a si mesmo, exatamente como se fosse eu. E isso deve ser tomado ao pé da letra, não é só um modo de dizer. O outro sou eu, eu sou o outro, porque devo amá-lo como a mim mesmo, isto é, fazer a ele o bem que faria a mim.
O amor verdadeiro sabe fazer-se um com os outros. Por exemplo: se alguém sofre, sabe sofrer com ele; se alegra-se sabe alegrar-se com ele. Se alguém vai a uma festa de casamento e fica com o rosto fechado, por exemplo, erra, porque é preciso alegrar-se com quem se alegra. Ou vai visitar um doente e fica rindo ou pensando em outras coisas.
Não, é preciso sofrer com o outro, viver o que ele está vivendo. Fazer-se um com o outro significa viver o que o outro vive. Não é um amor sentimental, mas feito de fatos concretos.
E ainda: o verdadeiro amor cristão ama também o inimigo. “Perdoa setenta vezes sete”, ama o inimigo, faz o bem e reza por ele. Amar o inimigo é uma revolução típica do cristianismo. É algo tipicamente cristão.
E mais ainda, Jesus quer que o amor verdadeiro, que ele trouxe sobre a terra, torne-se recíproco. Que uns amem aos outros de modo que se chegue à unidade, aquela unidade da qual Jesus falou em seu testamento. É justamente o mandamento novo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Porque ele quer que imitemos a Santíssima Trindade, a maneira como se amam as pessoas da Trindade.
E ainda, e esta é a última qualidade: Jesus nos faz entender o que é o amor com a cruz, com a sua cruz. Muitas vezes, quase sempre, o amor traz sofrimento, porque é preciso fazer-se um com o outro, renegar a si mesmo e pensar nos outros. Mas depois dá uma alegria imensa ao seu coração!”
O texto acima resume a vida do Beato Padre Victor. Jesus o fez entender o que é o amor com a cruz, com a sua cruz. Beato Francisco de Paula Victor – a sua vida foi um Evangelho vivo.